segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2014 – Energia 7 – Reflexão


(Não obstante a análise do ano pessoal, a energia do ano universal deve ser compreendida como uma alavanca para potenciar o melhor de cada ano, marcando aspetos gerais e comuns que deverão ser tidos em conta para uma maior realização pessoal.)


2014 – Energia 7 – Reflexão


A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo” – Maurice Merleau-Ponty



O 7 é o número do conhecimento, da reflexão, da introspeção e do pensamento. Rege os aspetos metafísicos, a filosofia, a intuição e a perceção na busca da verdade. É o número do espaço interior, do silêncio, da tranquilidade e do tempo que passa, lento mas certo. É o número da fé, da crença, da leitura, da escrita, do campo e natureza.


É um número de elevado significado espiritual e transcendente por relacionar-se com todos os aspetos inerentes ao ser, com a passagem do invisível para o visível e com a transmutação de energia que marca o fim de um ciclo de criação física. “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou” (Êxodo 20:10-11). 7 são igualmente os dias que compreendem cada fase da lua que marca os movimentos da natureza e da nossa regeneração celular. São sete os dias da semana, as cores do arco-íris e as notas musicais. O 7 surge associado a um ciclo cósmico periódico em que há uma harmonização interior que nos prepara para, compreendidas as energias precedentes, as materializar e assim criar um bem comum. Compreendido entre o 6 e o 8, o 7 é o número que faz a transição da energia emocional para a energia do mundo prático. É a ponte entre aquilo que se sente e aquilo que se realiza e que tem forma. É o acesso à substância sem forma que cria. É a compreensão da nossa natureza, do que não se vê e do que se intui. É o fim de um ciclo em que há a oportunidade de rever, analisar, conhecer e corrigir o que foi feito e criado nos seis anos anteriores para que a materialização dê os frutos que se pretende no ano seguinte.

O ano de 2014, regido pela energia 7, será um ano de fortes movimentos interiores que obrigam a mudanças e a equacionar o nosso papel não só na nossa vida, mas na interação com os outros. Para tal, será importante que se abra espaço a que estas mudanças ocorram pois estes movimentos requerem tranquilidade, paciência, fé e um espaço interior que deve ser cultivado e respeitado. A visão, os sonhos antigos e os projetos outrora abandonados deverão ser revisitados. Refazer, reestruturar, repensar, refletir, revisitar, relembrar, reencontrar e regenerar deverão ser ações presentes com o objetivo de melhorar e procurar dentro uma resposta mais favorável e mais adequada ao futuro que se pretende construir.


Será um ano em que os domínios da metafísica, da filosofia, do estudo da vida, da existência e da espiritualidade serão mais prementes. É um ano em que a reclusão deverá existir apenas para que se viaje interiormente a fim de buscar uma verdade escondida e devolver um sentido aos aspetos práticos da vida. Por esta razão, será de evitar o isolamento, a fuga, a evasão através do pensamento e a excessiva individualização. Como o ano de 2014 trará a necessidade de procurar um sentido para a vida, estão favorecidos quaisquer tipos de estudos neste sentido, de qualquer modo é aconselhável associar o pensamento à intuição. A consciência e a responsabilização das ações poderão ser um peso demasiado pesado para carregar levando à tendência a racionalizar as circunstâncias, o que poderá dificultar a compreensão do próprio papel na condução da vida e dos acontecimentos. É, pois, importante que a reflexão seja associada à fé e à confiança no processo da vida, mas também ao nosso papel nas escolhas e ações que determinam os caminhos que seguimos. Correndo o risco de racionalizar em demasia, pensar em demasia, interiorizar ou calar em demasia, poderão surgir estados depressivos que deverão ser evitados ou ultrapassados, fazendo do recolhimento uma oportunidade de expansão. O contacto com o campo e a natureza poderá ser altamente rejuvenescedor e uma oportunidade de reequilíbrio de energias.


O ano de 2014 marca sobretudo o levantar do véu da verdade, trazendo ao de cima questões ocultas e até agora veladas, ou ainda a revelação de aspetos importantes, pois é maior a consciência e a capacidade para os entender e integrar. As descobertas devem ser comunicadas e partilhadas.


Ganham maior importância os documentos assinados, os compromissos, os contratos, os acordos, a palavra e a tomada de posição, ainda que seja feita em termos tácitos. A privacidade, a intimidade, a necessidade de um espaço próprio, o Eu e a vontade própria ganham maior domínio. 


As relações são afetadas na medida em que a energia do ano exige relações de energia semelhante. Assim sendo, estão favorecidos novos relacionamentos ou amizades que nos colocam em contacto com uma energia de ascensão e de evolução. Haverá a tendência ao isolamento e a que se necessite de maior espaço, privacidade e momentos a sós. Lugares longe da multidão serão os escolhidos, o que poderá trazer o sabor amargo da solidão que, por sua vez, trará a sua consequência nos anos seguintes. Desta forma, procure um equilíbrio no seu relacionamento com os outros o que parte, obviamente, de um equilíbrio na relação consigo mesmo. Crie espaços de convívio saudável com o seu Eu interior, para que o convívio com os outros não lhe pareça uma cedência de privacidade. A liberdade será, neste âmbito, um domínio importante na medida em que, através de uma disciplina focada e estruturada é possível alcançar uma liberdade eficaz que permita que as relações de cooperação se estreitem e haja, efetivamente, uma partilha do “Eu” para criar um melhor “Nós”.


Em termos de saúde, haverá que dar maior atenção a questões do foro psicológico bem como à tensão nervosa. Práticas de equilíbrio energético e meditação são recomendadas, pois é um ano em que o desgaste mental e físico será maior, sobretudo para aqueles que resistam à energia do ano. Para além disto, sendo um ano de energia espiritual, estarão fortemente favorecidas todas as atividades que construam pontes entre o corpo e alma. 


Em termos profissionais, estarão favorecidas as atividades que associam o conhecimento, os estudos, a tecnologia, a análise, a escrita e os assuntos místicos.


Apesar de o ano de 2014 apelar à pausa e ao descanso para que haja tempo e espaço para o silêncio e para a compreensão, não deverá ser um ano de estagnação. Na verdade, haverá a sensação de que os movimentos não ocorrem e de que há demasiada lentidão nos processos, mas o desenrolar dos acontecimentos e do próprio entendimento será feito no seu tempo certo, e não no tempo físico. Assim sendo, durante o ano de 2014 será importante que se aprenda a respirar, a pausar, a silenciar a mente e a respeitar o tempo de cada um e, sobretudo, do nosso próprio caminho. A paciência é a virtude que conduz à compreensão dos factos importantes, não devendo, portanto, ser descurada.


O ano de 2014 é, sobretudo, um ano de redescoberta e de tomada de consciência que terá os seus benefícios na proporção da abertura, da confiança, da recetividade e disponibilidade de cada um para se reavaliar, se analisar e se conhecer, sem crítica, mas com pensamento claro e objetivo. 


A energia do ano universal estará reforçada, nos aspetos positivos e negativos, em pessoas que estejam em anos pessoais 7 ou que tenham aspetos kármicos 7. Aqueles cujos mapas revelem forte presença de energias 4, 7 ou 11 poderão esperar e deverão abrir-se a revelações espirituais. O bloqueio da energia do ano poderá, de forma menos positiva, levar a estados mentais de desequilíbrio, a isolamento, à desconfiança em si próprio, nos outros e na vida e à não-aceitação da sua própria natureza. De forma mais positiva, este ano poderá levar a que se encontre um sentido para a vida, a uma aceitação filosófica dos porquês da existência, ao encontro com uma sabedoria interior que é orgulhosamente reconhecida, revelada e partilhada.

Durante o ano de 2014 procure confiar, abrir-se à evolução da consciência, partindo de um lugar de paz e não de conflito. A aceitação não parte da passividade, mas sim da compreensão do que é verdadeiramente importante e da perfeição de cada acontecimento, no seu dado tempo e na sua própria dinâmica. Foque-se em si a fim de se conhecer e, assim, poder partilhar com o mundo melhor de si. A melhor relação que pode e deve construir é a relação consigo próprio: conhecendo-se, aceitando-se e, por fim, amando-se.



 No maravilhoso território do silêncio nós tocamos o mistério. Ele é o lugar da reflexão e contemplação, e é o lugar onde nós podemos nos conectar com o conhecimento profundo, para o caminho da sabedoria profunda.” – Angeles Arrien

2 comentários:

  1. Maravilhosamente bem escrito e descrito
    Parabéns Ana, keep going
    Beijinhos e BOM ANO

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    1. Obrigada querida Vera!!! A sua apreciação diz-me muito ;) beijinhos e um bom ano para si também <3

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