Com o início de um novo ano,
chega o momento das resoluções e da vontade de mudança. Facto é que, regra
geral, toda energia e motivação que renasce com as doze passas rapidamente se
desvanecem nos primeiros meses do ano. É a dieta tão deseja que não chega a ser
bem-sucedida, os votos de laços mais estreitos com familiares e amigos que se
esquecem pelo caminho, a disciplina, o realizar de sonhos, a mudança de hábitos
e rotinas e todo um sem fim de projetos que perdem o seu fulgor, se não o
sentido, ao longo dos doze meses do ano.
Tal como a maior parte de vocês,
também eu revisito as minhas resoluções anualmente, também eu prometo a mim e
aos outros mudanças que não chego a cumprir e reconheço as dificuldades em
manter a motivação trazida pela esperança de um novo ano, com um novo ar e
novas oportunidades. Eis, pois, algumas das regras que aplico e que considero
frutíferas nesta missão das resoluções.
1.
Não
faça promessas. Assuma compromissos.
Por muito que as
suas promessas estejam imbuídas de boa vontade, por si só não serão suficientes
para que os resultados apareçam. A nossa mente, criadora da nossa realidade,
comporta-se de maneira muito linear quando toca à projeção dos nossos desejos e
planos e é tanto mais eficaz e funcional quanto maior for o nosso comprometimento.
Assim sendo, quando fizer uma promessa de mudança, crie um verdadeiro
compromisso consigo próprio, mantendo presente os benefícios dos resultados que
pretender. Na vida, perante os diversos caminhos que podemos escolher, iremos
sempre optar por aqueles que nos dão mais a ganhar. Por esta mesma razão,
fixe-se nos resultados que os seus compromissos lhe vão dar, sinta a emoção de
tais sucessos, mantenha-se focado e fiel, e, certamente, a recompensa virá sem
grande esforço e com a fluidez do coração.
2.
Altere
as habituais resoluções. O que não funciona é para ser alterado.
Se analisarmos,
sem necessidade de grande detalhe, as resoluções dos anos precedentes,
facilmente verificaremos que há resoluções que se mantêm ano após ano, assim
como o seu fracasso. Se quer fazer diferente este ano, mude a premissa.
Pergunte a si próprio, e responda com franqueza, “O que funciona?” e “O que não
funciona?”. Tenha a coragem de ser realista e perceber o porquê daquilo que não
funciona e encontre uma estratégia adequada às suas possibilidades. Se não
conseguiu manter a dieta que idealizava e, por conseguinte, os resultados
associados, então estabeleça outro compromisso que seja viável (por exemplo: um
estilo de vida mais saudável com exercício duas vezes por semana) e, no ano
seguinte, eleve a fasquia.
3.
Sonhe
e crie novas resoluções.
Não olhe a
realidade dos outros, construa antes a sua. Saia do padrão habitual, revisite
os seus sonhos antigos que se encontram guardados no baú e arrisque sonhar em
grande. Tem o sonho de ter a profissão que imaginava em criança? Gostava de
viajar? Quer escrever um livro? Aprender a tocar um instrumento musical?
Independentemente da “grandiosidade” do seu sonho, avalie-o apenas em relação à
emoção que ele lhe transmite. Nunca é tarde para realizar sonhos, é sempre cedo
para começar a construir o caminho.
4.
Trace
objetivos precisos e com horizonte temporal.
Umas das
estratégias que mantenho e que, para além do resultado, ajuda a manter a
motivação, é a definição das resoluções com recurso visual. Há quem lhe chame Vision Board, Mapa do Tesouro ou Mapa dos
Sonhos. Em termos práticos, trata-se de alimentar o nosso dia-a-dia com um
alerta daquilo que queremos para nós. Aconselho que se faça uma colagem com
imagens alusivas ao que se pretende (por exemplo: o trabalho de sonho, a viagem
que gostaria de fazer, a imagem de uma família unida e em harmonia,…), e, eventualmente,
associando palavras que apelem a emoções. Juntamente com essa colagem, atribua
uma data limite a cada objetivo. A nossa mente funciona consoante as ordens que
lhe damos e um desejo é uma ordem. Tal como quando acordamos e sabemos que
temos determinadas tarefas a serem concluídas até ao final do dia e a nossa
mente vai organizar-se e atrair a si as circunstâncias ideais para que tal
aconteça no tempo definido, da mesma forma se processa relativamente aos
sonhos. Assim sendo, construa as suas imagens inspiradoras, contemple-as
diariamente, defina para si o tempo ideal para que se concretizem, e esteja
atento às oportunidades. A sua mente agradece a ordem e a precisão.
5.
Com
alguma frequência, faça uma lista de autoavaliação e valorização.
Vá analisando as
suas resoluções com frequência para poder avaliar o seu nível comprometimento e
resultados obtidos, mas, acima de tudo, seja capaz de se valorizar perante as
suas conquistas e sucessos. Reveja a fórmula de sucesso que conduziu a essa
conquista e tome-a como exemplo. Tome-se a si como exemplo de sucesso!
6.
Reúna-se
de pessoas que validem as suas emoções e sonhos e afaste-se de opiniões
negativas que o desmotivam.
Quando
verdadeiramente empenhado nas suas mudanças, não vai querer que o desviem do
seu caminho. Desta forma, seja criterioso relativamente às opiniões que ouve.
Esta é a sua vida, são os seus sonhos, é o seu caminho e de mais ninguém. Ouça
e considere apenas as opiniões de quem demonstra obter resultados na medida do
seu empenho e do seu comprometimento e desvie da sua atenção as opiniões de
quem teima em nada conquistar.
Por fim,
7.
Se
não conseguir este ano, volte a tentar.
Tudo tem o seu
tempo certo, tal como as nossas resoluções e o nosso caminho. A seguir a este
ano virá outro, cheio de energia e com novas oportunidades que lhe são trazidas
pelos seus próprios desafios, pelo trabalho desenvolvido nos anos anteriores e
em consonância com a sua aprendizagem e evolução. Aquilo que não conseguir
alcançar, tente novamente na altura de considerar novas resoluções. O que não
se concretiza não tem de significar um fracasso. Pior que voltar a tentar, é
não tentar. É uma forma de decisão de quem não tem coragem de decidir fazer o
mesmo de forma diferente.
Em 2014, seja
diferente, faça diferente e obtenha resultados diferentes. Carpe Annum!
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